O aguardado fim da pandemia e o futuro incerto do trabalho
Por Philipe Scerb- Mestre em Ciências Políticas pela SciencesPo-Paris e Doutorando pela USP
Conforme o cansaço com o isolamento e a perspectiva de volta à normalidade aumentam, empresários e profissionais põem na balança os prós e os contras do home office e se perguntam sobre a forma que vai assumir o futuro do trabalho.
No começo da pandemia, muita gente se surpreendeu positivamente com a viabilidade do trabalho remoto. Por um lado, a economia de tempo com o deslocamento agradava quem buscava mais momentos de lazer. Por outro, não faltou quem visse sua produtividade aumentar com uma organização mais autônoma da rotina.
Depois de mais de um ano de crise sanitária, o otimismo é menor e muitos profissionais sofrem os impactos do home office. Para além de pais que tiveram que conciliar o trabalho com os cuidados da casa e dos filhos, pesquisas dão conta de outros efeitos negativos das mudanças. Um estudo do Instituto Gallup, por exemplo, mostrou níveis crescentes de sentimentos de solidão e de incapacidade de descansar antes e depois da jornada.
No entanto, por vezes as mesmas pesquisas revelam também o lado positivo do home office. Enquanto a maioria das pessoas quer voltar a frequentar o escritório, elas continuam valorizando o trabalho remoto e veem nele ganhos importantes de produtividade e bem-estar.
Em um cenário controverso, com percepções ambíguas sobre as vantagens e as desvantagens do home office, a tendência que ganha força no universo corporativo é de um modelo híbrido. Empresas que haviam anunciado uma transição completa para o trabalho remoto em meados da pandemia, inclusive, têm voltado atrás e comunicado seus funcionários que terão de voltar aos escritórios – pelo menos alguns dias da semana.
A impressão cada vez mais disseminada é de que um modelo alternado, com certos dias em casa e certos dias no escritório, permite aproveitar as vantagens das duas formas de trabalho.
Em home office, o profissional pode aproveitar o aumento do tempo livre e a flexibilidade da jornada para atividades que não poderia fazer numa rotina convencional. Sem pandemia, o problema de crianças estudando em casa em horário comercial não deverá existir.
Já com a volta ao escritório, diminuiria o sentimento de isolamento à medida que o trabalho recupera a interação e a socialização com colegas. As trocas ganham em qualidade e também podem repercutir em incrementos de criatividade e produtividade.
Não é exagerado pensar que, nessas condições, as vontades e as preferências dos funcionários serão levadas em consideração. Mesmo que a empresa determine regras sobre a distribuição do trabalho remoto e presencial, os profissionais deverão ter alguma voz para definir com que regularidade ficam em casa ou vão ao escritório.
Conforme o cansaço com o isolamento e a perspectiva de volta à normalidade aumentam, empresários e profissionais põem na balança os prós e os contras do home office e se perguntam sobre a forma que vai assumir o futuro do trabalho.
No começo da pandemia, muita gente se surpreendeu positivamente com a viabilidade do trabalho remoto. Por um lado, a economia de tempo com o deslocamento agradava quem buscava mais momentos de lazer. Por outro, não faltou quem visse sua produtividade aumentar com uma organização mais autônoma da rotina.
Depois de mais de um ano de crise sanitária, o otimismo é menor e muitos profissionais sofrem os impactos do home office. Para além de pais que tiveram que conciliar o trabalho com os cuidados da casa e dos filhos, pesquisas dão conta de outros efeitos negativos das mudanças. Um estudo do Instituto Gallup, por exemplo, mostrou níveis crescentes de sentimentos de solidão e de incapacidade de descansar antes e depois da jornada.
No entanto, por vezes as mesmas pesquisas revelam também o lado positivo do home office. Enquanto a maioria das pessoas quer voltar a frequentar o escritório, elas continuam valorizando o trabalho remoto e veem nele ganhos importantes de produtividade e bem-estar.
Em um cenário controverso, com percepções ambíguas sobre as vantagens e as desvantagens do home office, a tendência que ganha força no universo corporativo é de um modelo híbrido. Empresas que haviam anunciado uma transição completa para o trabalho remoto em meados da pandemia, inclusive, têm voltado atrás e comunicado seus funcionários que terão de voltar aos escritórios – pelo menos alguns dias da semana.
A impressão cada vez mais disseminada é de que um modelo alternado, com certos dias em casa e certos dias no escritório, permite aproveitar as vantagens das duas formas de trabalho.
Em home office, o profissional pode aproveitar o aumento do tempo livre e a flexibilidade da jornada para atividades que não poderia fazer numa rotina convencional. Sem pandemia, o problema de crianças estudando em casa em horário comercial não deverá existir.
Já com a volta ao escritório, diminuiria o sentimento de isolamento à medida que o trabalho recupera a interação e a socialização com colegas. As trocas ganham em qualidade e também podem repercutir em incrementos de criatividade e produtividade.
Não é exagerado pensar que, nessas condições, as vontades e as preferências dos funcionários serão levadas em consideração. Mesmo que a empresa determine regras sobre a distribuição do trabalho remoto e presencial, os profissionais deverão ter alguma voz para definir com que regularidade ficam em casa ou vão ao escritório.
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