Mercado de trabalho aquecido garante menor índice de desemprego desde 2015


20/12/2023
Por Phillipe Scerb – Mestre em Ciências Políticas pela SciencxesPo-Paris e Doutorando pela USP

Embora a economia tenha dado sinais de desaceleração neste fim de ano, a proporção de desempregados no Brasil caiu mais uma vez nos últimos anos a 7,7%. Essa é a menor taxa de pessoas que buscam emprego no país desde o início de 2015.

Os dados são da PNAD contínua, do IBGE, e mostram também que nunca houve tantos trabalhadores ocupados no Brasil quanto agora: mais de 100 milhões.

Em relação ao trimestre anterior, cresceu de maneira significativa o número de trabalhadores formais, com carteira assinada. Mesmo que em velocidade menor, a informalidade também cresceu e manteve um patamar de 39% do total de profissionais ocupados.

O fim de ano, com a proximidade das festas e aumento do consumo das famílias, costuma ser um período de aquecimento do mercado. Mas a situação do mercado de trabalho está especialmente boa, quando comparada a anos recentes.

Depois de um longo período de recessão e baixo crescimento, a economia se recuperou e já supera em diferentes índices o patamar anterior ao da pandemia. Em relação ao emprego, o avanço é notável e, segundo especialistas, se deve ao melhor momento da economia e, possivelmente, a iniciativas públicas recentes, como a reforma trabalhista.

Inclusive no que diz respeito à renda, a situação tem melhorado. Se logo depois da pandemia o rendimento do trabalho estava aquém da situação anterior, em setembro a renda média do trabalhador brasileiro foi de R$2982, mais uma etapa de um crescimento contínuo ao longo do ano.

É verdade que parte desses trabalhadores estão subocupados, quando trabalham menos horas do que gostariam, ou em um regime de trabalho mais próximo do conhecido “bico”, em que a renda varia em função da demanda.

No entanto, a evolução é significativa em relação aos últimos anos e renova a esperança de um mercado com oportunidades e boas condições de trabalho nesse fim de 2023.

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