Semana de 4 dias de trabalho: realidade ou ilusão?
Por Phillipe Scerb – Mestre em Ciências Políticas pela SciencesPo-Paris e Doutorando pela USP
A Covid-19 trouxe junto com ela várias mudanças ao mundo do trabalho. Algumas foram inevitáveis e ocorreram sem muito planejamento, como a disseminação do home office. Já outras são resultado dos impactos da pandemia e prometem transformar, para além da forma e do local de trabalho, a própria jornada semanal de cinco dias.
Como desdobramento do debate sobre a saúde mental, diversas empresas têm anunciado a redução da carga horária de seus colaboradores, em muitos casos implementando uma jornada de quatro dias de trabalho. Enquanto isso, alguns países têm promovido testes no setor público e patrocinado experiências no setor privado nessa mesma direção.
Os funcionários tendem a aprovar essas iniciativas e relatam um melhor equilíbrio entre as vidas pessoal e profissional, menos estresse e menor chance de esgotamento. A maioria deles alega ainda observar uma maior produtividade a partir da implementação de jornadas mais curtas.
E as experiências recentes têm mostrado justamente isso. Na Islândia, entre 2015 e 2019, 1 em cada 100 profissionais do país passaram a trabalhar quatro dias na semana e pesquisas indicaram que sua produtividade permaneceu a mesma ou melhorou nesse período.
Outros testes coordenados pelo Estado têm sido feitos em países como a Espanha. E determinadas empresas têm experimentado jornadas mais curtas de maneira voluntária ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Os resultados quanto à produtividade até agora são animadores, com funcionários que perdem menos tempo com reuniões longas e ineficazes e declaram enxergar mais motivação no trabalho.
Além de reduzir a fadiga e melhorar a saúde mental dos profissionais, uma jornada mais curta ainda contribui para o meio ambiente. Diversos estudos têm mostrado como ela significa menos emissão de carbono, menos impressão de papel e menor consumo de energia.
Mas esse não é ainda um caminho sem volta. Nos últimos anos, algumas empresas chegaram a reduzir a jornada de seus funcionários e, pressionadas pela alta competitividade em seus respectivos setores, restabeleceram a semana de cinco dias.
A criação do fim de semana como um período de folga dos trabalhadores tampouco ocorreu de um dia para o outro e sem idas e vindas. O fato de algumas experiências de jornadas mais curtas estarem em curso e de gestores e empresas considerarem cada vez mais a sua adoção é um sinal relevante de transformação na semana de trabalho como estamos acostumados. Esse pode ser, afinal, mais um efeito antecipado pela crise sanitária e capaz de revolucionar o mundo do trabalho.
A Covid-19 trouxe junto com ela várias mudanças ao mundo do trabalho. Algumas foram inevitáveis e ocorreram sem muito planejamento, como a disseminação do home office. Já outras são resultado dos impactos da pandemia e prometem transformar, para além da forma e do local de trabalho, a própria jornada semanal de cinco dias.
Como desdobramento do debate sobre a saúde mental, diversas empresas têm anunciado a redução da carga horária de seus colaboradores, em muitos casos implementando uma jornada de quatro dias de trabalho. Enquanto isso, alguns países têm promovido testes no setor público e patrocinado experiências no setor privado nessa mesma direção.
Os funcionários tendem a aprovar essas iniciativas e relatam um melhor equilíbrio entre as vidas pessoal e profissional, menos estresse e menor chance de esgotamento. A maioria deles alega ainda observar uma maior produtividade a partir da implementação de jornadas mais curtas.
E as experiências recentes têm mostrado justamente isso. Na Islândia, entre 2015 e 2019, 1 em cada 100 profissionais do país passaram a trabalhar quatro dias na semana e pesquisas indicaram que sua produtividade permaneceu a mesma ou melhorou nesse período.
Outros testes coordenados pelo Estado têm sido feitos em países como a Espanha. E determinadas empresas têm experimentado jornadas mais curtas de maneira voluntária ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Os resultados quanto à produtividade até agora são animadores, com funcionários que perdem menos tempo com reuniões longas e ineficazes e declaram enxergar mais motivação no trabalho.
Além de reduzir a fadiga e melhorar a saúde mental dos profissionais, uma jornada mais curta ainda contribui para o meio ambiente. Diversos estudos têm mostrado como ela significa menos emissão de carbono, menos impressão de papel e menor consumo de energia.
Mas esse não é ainda um caminho sem volta. Nos últimos anos, algumas empresas chegaram a reduzir a jornada de seus funcionários e, pressionadas pela alta competitividade em seus respectivos setores, restabeleceram a semana de cinco dias.
A criação do fim de semana como um período de folga dos trabalhadores tampouco ocorreu de um dia para o outro e sem idas e vindas. O fato de algumas experiências de jornadas mais curtas estarem em curso e de gestores e empresas considerarem cada vez mais a sua adoção é um sinal relevante de transformação na semana de trabalho como estamos acostumados. Esse pode ser, afinal, mais um efeito antecipado pela crise sanitária e capaz de revolucionar o mundo do trabalho.
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