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Quer conhecer alguns dos Insights para o mercado pós pandemia de dois dos mais importantes especialistas?

Por Philipe Scerb- Mestre em Ciências Políticas pela SciencesPo-Paris e Doutorando pela USP




– 1) empresas terão que abandonar a “gambiarra digital”. ou é digital mesmo ou não é. Plataformas digitais competentes mesmo que sejam pequenas são as que vão sobreviver.


– 2) comércio online deixa de ser uma opção secundária de compras. As lojas físicas serão redesenhadas como espaços de experimentação da marca, mas as vendas migrarão mais rápido para o online do que se imagina antes.


– 3) 95% das lojas Starbucks foram reabertas na China, mas o movimento na loja é de 60% do que era. As pessoas não consomem mais na loja, compram e vão embora. Starbucks tem que rever o modelo reduzindo espaço de convivência.


– 4) Os maiores varejistas americanos já demitiram mais de 1 milhão de pessoas e devem reempregar somente 85 % deles no fim da crise. A explicação é que o comércio tradicional vai encolher.


– 5) o negócio de seguradoras vai sofrer profundas transformações.


– 6) educação online está se provando no meio da crise. Vai haver uma revolução na forma como se aprende em todos os níveis sai o estoque just in time e entra o just in case. as empresas aprenderam com a crise que precisam ter estoques maiores de segurança, principalmente as que tem cadeias longas de fornecimento.


– 7) EUA desenvolveram nas últimas décadas uma cadeia de supply com a China, com o tempo os americanos perderem capacidade tecnológica de fabricar no país. Isso vai mudar por questões de segurança. O globalismo sofrerá um duro revés, substituído pelo protecionismo.


– 8) não existe setor da economia ou tamanho de negócio que possa dizer “eu não tenho necessidade de investir no digital”. Quem pensar assim não tem futuro.


– 9) hábitos de viagem mudarão radicalmente. Redução absurda nas viagens de negócios substituídas pelas vídeo calls. Viagens de lazer serão mais para o interior junto a natureza em lugares com baixa concentração de pessoas.


– 10) existem 1.700.000 vírus detectados em animais, desses 1.700 são corona vírus. Temos que aprender com essa crise e preventivamente estarmos prontos para ter um surto por década.


– 11) o modo de viver, de se relacionar, de trabalhar vai mudar tanto que nós dividiremos a história em “Antes do Corona” e “Depois do Corona”.


– 12) essa crise traz a oportunidade de uma grande revolução nos sistemas de educação e de saúde usando o online para atender a população.


– 13) direitos individuais x saúde será um dos grandes debates no mundo a medida em que rastrear individualmente cada indivíduo é uma das estratégias mais eficazes de controle de epidemias, mas pode ser usado pelos Governos para controle das pessoas.


– 14) o consumidor foi “forçado” a migrar nesse momento para o comércio online. As empresas que conseguirem proporcionar uma experiência muito boa em todos os aspectos não perderão esse cliente para as lojas físicas ao fim da pandemia. Ao contrário, as empresas que se mostrarem despreparadas perdem espaço.


– 15) assim como os remanescentes da antiga indústria americana tem dificuldades de se recolocar e acabam por sustentar posições políticas protecionistas (que culminou com a eleição do Trump), esse movimento vai se alastrar pelo mundo com o crescimento rápido da indústria digital. Conclusão: quem hoje está ocupado já precisa começar a pensar na sua futura profissão, tem que se atualizar o tempo todo nas novas tecnologias. As empresas de educação e o MEC precisam se comunicar com o mercado incessante e entender as necessidades para fornecer os conteúdos demandados que não são mais aquilo que as universidades hoje entregam aos alunos. Retreinamento contínuo. Na sociedade do conhecimento não existe “ex-aluno”. Ou você está aprendendo o tempo todo ou você está desempregado.


– 16) não vejam a crise como momento de cortar custos. Pensem em investir em novas áreas, em novas tecnologias, vai ter muita oportunidade para as empresas que agirem rápido, vamos renascer num mundo novo, viveremos um “novo normal”, a vida vai ser diferente, ninguém sabe exatamente como mas temos que estar abertos e preparados para nos adaptar com agilidade ao que vier pela frente.


– 17) o setor agrícola brasileiro tem uma oportunidade de ouro, precisa investir cada vez mais em tecnologia e digitalização, e na qualificação dos seus profissionais e gestores.


Autores: Silvio Meira- Professor e fundador do Cesar e
Divesh Makan- Founder da Iconic


Entrevistas de emprego por vídeo viraram regra com o isolamento em virtude do coronavírus.

Por Philipe Scerb- Mestre em Ciências Políticas pela SciencesPo-Paris e Doutorando pela USP


As médias e grandes empresas já vinham de algum tempo tornando seus processos seletivos cada vez mais digitais, mesmo assim a última etapa, da entrevista, não costumava dispensar o encontro pessoal entre o candidato e o futuro empregador.
Com a pandemia do corona vírus, porém, essa realidade mudou. Para respeitar as recomendações de isolamento social, as empresas têm recorrido ao mundo virtual também no momento da entrevista final de seleção e as vídeo entrevistas viraram quase que regra geral.
Considerando que essa prática deve perdurar, inclusive para além da crise, os candidatos devem se preparar para enfrentar essa novidade. Pois se há muitas semelhanças com a entrevista pessoal, há diferenças importantes que merecem um cuidado especial.

Veja abaixo algumas dicas do que fazer e do que evitar em uma entrevista por vídeo

 

1. Preparo


– Escolha bem o local em que fará a entrevista. Dê preferência, na medida do possível, a um lugar calmo e silencioso. O fundo que aparece atrás também importa: quanto menos informação, melhor.
– Teste todos os equipamentos antes. Desde a conexão com a internet, até a webcam e o microfone. Qualquer falha pode te desestabilizar e prejudicar o seu desempenho.
– Cuidado com a(s) foto(s) de identidade dos seus perfis nas suas redes sociais. Elas são o seu cartão de visita.
– Não é porque você está em casa que a roupa não importa, pelo contrário. Vista-se com sobriedade, ou seja, da mesma maneira que você faria caso a entre de vista fosse presencial.



2. Durante a entrevista


– Olhe para a tela e não se distraia com o entorno. Demonstre interesse e atenção e evite consultar o celular ou outros dispositivos no computador.
– Caso queira tomar notas, não use o teclado do computador, pois o barulho vai prejudicar a conversa. Prefira sempre um caderno ou bloco de papel.
– Não interrompa o entrevistador. Por vídeo, isso prejudica a fluidez da comunicação. Caso deseje falar algo durante a fala dele, faça um sinal com a mão pedindo a palavra.
– Embora a entrevista por vídeo exija uma comunicação mais objetiva e direta, evite respostas muito curtas e pobres em informação.
– Por fim, não se esqueça de demonstrar naturalidade. Em uma conversa virtual também é possível transmitir empatia e bom humor.